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O Balanço Vazio
e outras histórias

Uma coleção de desfechos para fazer você pirar.

8 contos em 88 páginas de suspense, fantasia e aventura com excelentes avaliações e críticas.

Uma forma diferente de olhar as histórias sobre fantasmas, criaturas sobrenaturais e místicas, fadas, fantasia sombria e high-fantasy num mundo diferente.

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O que diz quem já leu?

Johnny Vernin
"(...) E realmente não dava pra esperar o que ia rolar em agenor. AMEI!"

Renata Pogam 

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Conteúdo

São 8 contos de estilos diferentes e finais surpreendentes que certamente trarão um delicioso momento de leitura para você. 

"se você gosta de ser surpreendido, vai adorar os contos em O Balanço Vazio"
João Fonseca

Os contos

O Balanço Vazio

Guga está de castigo há tempo demais e sua mãe o pune com o silêncio nesse conto de horror sobre angústia e melancolia.

A Prisioneira

O Biólogo Guilherme cuida com carinho dos últimos dias de uma loba moribunda no zoológico no conto inesperado sobre punição.

A Cura

A humanidade encontrou seu caminho rumo à perfeição. Pode o homem brincar de Deus? E se puder... ele deve?

Agenor

Um pouco de bom humor nessa releitura urbana, cínica e amarga dos clássicos contos de fada.

Verde, Azul, Laranja e Vermelho.

A vingança desperta na forma de uma criatura sedenta de justiça e sangue. Mais uma releitura de um mito clássico.

Curandeira

Um herói e sua ajudante invadem o covil da morte. Um guerreiro inesperado em um mundo de fantasia como você nunca viu. Essa história de alta-fantasia faz parte do mundo de SKAT!

O Prisioneiro

Preso e Julgado, o personagem desse conto de horror psicológico pessoal luta contra quem ele é e o que vive dentro de si.

A Moeda

Depois de ser assaltado, André pede um carro por aplicativo para ir embora e esquecer essa noite terrível, mas nada é tão simples assim. Um conto de horror com um fim inesperado para fechar com chave de ouro essa coletânea incrível.

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Preview

Sinta um gostinho do que vem no livro.

O Balanço Vazio

   Guga subiu as escadas, Juliana desceu.

   Quase se esbarraram, mas o garoto, ágil, conseguiu se espremer contra a parede antes que a mulher o atropelasse. Ela andava assim, ignorando sua presença e forçando passagem sobre ele, avançando com seu corpo adulto e grande pelos corredores e espaços e Guga dava o jeito dele de escapar. Durante as últimas semanas esse castigo foi crescendo. Primeiro o privou dos brinquedos e agora o estava ignorando. O garotinho, porém, se sentia tão culpado que não ousava reclamar e fazia o possível para não ser visto nem atrapalhar os caminhos enquanto a mãe andava com os afazeres da casa. Ela cooperava, ignorando-o. Havia, sim, alguns momentos em que ela o olhava, chorosa, mas logo desviava o olhar e saía pisando firme, limpando os olhos.

   Isso ia passar. — Ele disse para si mesmo. — Em pouco tempo ela estaria convidando o menino para um abraço onde o cobriria com beijos intermináveis e coçaria sua cabeça lentamente até que Guga dormisse. O menino descansava o coração nessa esperança sempre que o castigo começava a se tornar insuportável.

   Não que ele pudesse mesmo entender tudo isso. Era jovem demais. Talvez sentisse ali um aperto no coração, talvez fosse uma nota de sentimento triste na alma, talvez só uma pequena pontada de dor sempre que pensava no quanto ele fez a mãe chorar. E com isso se resignava, culpado, à rotina de fugir das vistas de Juliana e abrir-lhe os caminhos.

Os passos dela a levaram até a porta da cozinha, os dele para seu quarto.

   Quando começou com o castigo, ela tirou do cômodo todos os brinquedos e depois até os enfeites. Ficou-lhe a cama e um lençol. Mesmo esse sem cores nem desenhos. Guga tinha sorte de estarem no meio do verão, não dava falta das cobertas e mantas, ao contrário, o sol quente que castigava as paredes todo o dia mantinha o quarto ainda aquecido pela noite. Vez ou outra apenas, Guga sentia um frio em suas pernas. Se encolhia todo sobre si mesmo, abraçava seus joelhos e terminava a noite assim, enrolado no único lençol da cama. Quando isso acontecia, Guga apressava-se para acordar antes, pois sua mãe nunca reagia bem à bagunça da roupa de cama. (... continua)

A Prisioneira

   Nesses dias a luz queimava sua retina mesmo com os olhos fechados. Sob as pálpebras cerradas, seus olhos sentiam o leve ardor da claridade, então ela se protegia nos intervalos regulares em que os galhos próximos, movidos pelo vento, deixavam transpassar o sol em sua direção.

Já treinado pelos anos de cárcere, seu pescoço erguia-se para que os olhos desviassem do facho reluzente, enquanto virava seu rosto para a parte mais escura da cela e depois de alguns minutos descansava, deixando sua cabeça novamente apoiada em seus braços. Se alguém de fora a visse, e pudesse observá-la por um tempo, poderia julgar que se tratava de um autômato ou alguma coisa que assim valesse por causa deste movimento repetido com alguma precisão.

   O som também incomodava seus ouvidos doentes, principalmente as crianças com suas perguntas infinitas, suas gritarias de vozes estridentes. Não havia, porém, gesto ou movimento ou posição que amenizasse este último desconforto, então, resignada, ela simplesmente tentava ignorar os passos arrastados dos transeuntes, a correria dos pequenos e as vozes que os acompanhavam, sempre ligeiramente espantadas ou fingindo espanto por vê-la ali, aprisionada. Interjeições que poderiam demonstrar algum carinho, mas que, sabia ela, eram apenas um esforço para que cada um, tendo feito esse gesto, pudesse então se eximir de alguma culpa por vê-la prisioneira, entre grades e correntes.

   Se diante de algo que considerem injusto, ou por um ato que considerem revoltante e, no caso, não podendo fazer nada para resolvê-lo, as pessoas costumam contentar-se em fazer o que compreendem como o máximo possível dadas as condições. Algumas vezes este máximo é um suspiro e um severo balançar de cabeça.

   Um pouco curiosa sobre o movimento do dia e decidida a entender os donos de cada uma das vozes terríveis, ela levantou as pálpebras sem mover o pescoço e, por alguns instantes, arriscou um olhar para os passantes, mas não havia novidade. Nunca havia. Submeteu-se ao cansaço, portanto, e deixou-se deitar sobre os braços. Contemplou o chão em busca de algum interesse novo, mas desse esforço nada veio além de uma fila de formigas muito conhecida por ela. Sentiu sede, mas estava tão distante da água que o esforço pareceu exagerado. Cansada e febril demais até para se saciar, ajuntou na mente esses assuntos que tinha e teve uma pontada de autocomiseração.

   Não que ela se julgasse inocente. Conseguia distinguir moralmente seus crimes. O sangue que derramou e as vidas que tirou. Justificava cada uma delas, como se faz quando confrontado por aquilo que não deveria ter feito. À época, entretanto, ela sequer sabia disto. Era o que tinha que fazer e assim foi e o fez, descontrolada, mas ciente dos pecados que cometia. O que não conseguia lembrar-se, e isso incomodava um pouco seus pensamentos era (... continua)

​

Agenor

    Um carro parou no semáforo ao seu lado. O motorista a olhou longamente, fixou-se em seu rosto, ela desviou o olhar, mas ele não o fez. Ele tinha um dos braços apoiado na porta, e um cigarro entre os dedos. Ela bufou para mostrar seu constrangimento. Ele tragou o cigarro e lançou o resto, ainda aceso em direção da garota. Ela precisou levantar o pé quando o cigarro explodiu em fagulhas no asfalto perto da sarjeta e ele riu.

    — Que merda! Você é maluco? Você tá doido?

    Ele sorriu um sorriso mais largo.

    — Quem me diz isso é uma garota sentada na lama, cujos sapatos nem sabe mais onde estão, e roupas íntimas à mostra? Creio que precisas de companhia.

    — Tarado do caralho, vai se foder! Acha que eu tenho medo, seu filho da pu--

    — Ei, ei, ei... Acalma-te, ofereci ajuda somente. Decerto nada além disso. Quando te vi aqui, preocupei-me. Não deveria ser hoje uma noite muito especial pra ti?

    Andressa ficou levemente confusa e franziu a testa:

    — Quem te disse?

    — Sei centenas de coisas sobre ti, querida. Dezenas apenas sobre hoje. Desta forma, como não saberia sobre os planos importantes desta noite? – Ele saiu do carro sem se preocupar em estacionar o automóvel que ocupava uma das faixas, nem fechar a porta. Estava bem arrumado com um chapéu e terno azuis. Casaco aberto e camisa rosa, cinto preto fino e sapatos excepcionalmente brilhantes e limpos mesmo após pisar no chão molhado. – Tenho acompanhado a ti e essa tua vidinha que levas. Todos os dias, se me permites dizer. Alguns dias com mais interesse que outros, é bem verdade. – Ele deslizava para frente, como se andar fosse uma dança.

Andressa levantou-se preocupada, o homem vinha caminhando e ela se afastou um passo, destravou um trinco na bolsa e pôs a mão dentro dela. Ele ergueu a mão esquerda segurando um celular rosa repleto de adesivos infantis.

   — Acho que procuras por isto aqui, não é verdade? Desejas chamar alguém? Posso completar-te a ligação... Deixe-me ver... – Ele apertava a tecla repetidamente – Mamãe? Teu irmão, André? – E então, ele fez uma careta colocando uma mão na boca como se estivesse com medo. – Oh. Seria a polícia?

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